terça-feira, 28 de agosto de 2012

José Cid e eu



Hoje fui ver pela primeira vez, o José Cid ao vivo (e a cores). Lembro-me de não o apreciar no auge da sua carreira, ou seja, na minha juventude. Naquela época eu gostava era do Zeca Afonso, do Sérgio Godinho e do Fausto. Gostava de canções de intervenção. Tudo que fosse popular, que entrasse facilmente no ouvido do povo, não entrava no meu coração.

Ouvia Joan Baez, Queen, Pink Floyd, Lene Lovich, Kate Bush, Melani Safka, Pink Floyd, Dire Straits, Scorpions, Nina Hagen, Bob Dylan, Peter  Gabriel, Marillion.
Tentava descobrir novas vozes nos discos de vinil dos meus amigos. A musica era uma espécie de álibi para sufragar as coisas más dos dias menos bons.

Hoje fui ver o concerto das festas da cidade, cujo cabeça de cartaz é José Cid, nome artístico de José Albano Salter Cid Ferreira Tavares, nascido na Chamusca em 1942.
A ideia era ficar uma ou duas canções... mas fui ficando e...gostando. Surpreendentemente eu sabia todas as letras e com facilidade acompanhei o cantor, trauteando baixinho cada melodia. Fez um espectáculo leve, apresentou outros talentos que o acompanham, fez um dueto com José Perdigão...

O tempo passa por nós ou nós por ele...há quem creia que o tempo é sempre o mesmo.  Sofremos metamorfoses com o avançar da idade.

Gostei do concerto. Dei conta de que o José merece todo o meu respeito pela tenacidade, por continuar a compor, enfim, por me ter feito recordar coisas. Esta é a forma de lhe agradecer.






quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Estória / História

Tenho estado calada, deixando apenas que um colóquio se vá desenvolvendo no silêncio dos meus pensamentos. 
Têm partido seres únicos que inevitavelmente são insubstituíveis. Procuramos em vão "sósias" que possam continuar a dar o que recebemos desses seres especiais.
Deixou-nos há poucos dias o Professor José Hermano Saraiva. Sui generis, único na sua capacidade de nos contar estórias da História, prendia-nos de tal forma que sentíamos vontade de ficar ali... 
Ás vezes vagueio na Internet em busca de qualquer coisa que me prenda uns segundos e me deixe fazer parte de outros sentires. Descobri este menino, com cinco aninhos e achei maravilhoso.
Que diria o nosso saudoso Professor se o tivesse ouvido?